O Jovem Lobo

Nos primeiros raios de sol daquela manhã, o menino dirige-se à padaria para comprar pães. Ele se vai pensando na história da Branca de Neve com sete anães. No caminho, encontra o jovem Lobo montado em uma bicicleta de raios brilhantes de mais. O atleta, muitíssimo feliz, para e sorrir um belíssimo riso. Em seguida, levanta o polegar para o amigo. Com aquele gesto, o menino logo entende que o Lobo comeu a sua vovozinha.

O rapazote já foi cúmplice em muitas coisas, e ouvir aquilo era demais.
Após escutar o ocorrido, o pai, o caçador, que era um mão de vaca, parte correndo de arma na mão. Quando chega à casa da vovozinha, ele surpreende-se muito, porque ela estava sentada em frente a um grande espelho que parecia mágico.

De onde está, o caçador sente isto: o perfume do banho recente e o ar de felicidade que se espalhava em toda parte da casa. E, assim, enquanto penteava os belos e longos cabelos, a vovozinha cantarolava uma linda canção, com esse e os demais gestos, ela demonstrava estar morrendo, porém, morrendo de muita, de muita, fe-li-Cida-de…!

CARVALHO, Wandercy. CONTEMAS ou Cadernos de poemas de um aluno do Liceu. Goiânia, GO: Ed. América, 2014. Literatura tocantinense.

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