36 Funções e Usos da Palavra “QUE”

Funções morfológicas e sintáticas do QUE, por Wandercy de Carvalho

36 Funções da palavra Que

 

Funções morfológicas e sintáticas do que. Nesse texto você vai encontrar 36 funções e usos da palavra QUE. Ninguém nunca mostrou a você tantas possibilidades de usos dessa palavra.        

Na Língua portuguesa, a palavra QUE tem muitas funções morfológicas e sintáticas.  E por esse motivo, muitas vezes,  no momento de analisá-la, isso pode causar muitas dúvidas. No entanto, aqui vamos contribuir para que essas questões sejam sanadas. 

Inicialmente, teremos a nosso favor, a história da Língua. Ela vai contribuir para que possamos entender as razões dessa palavra exercer esses numerosos significados. Em seguida, vamos destacar as diferentes funções da palavras que, e seus muitos usos. Sendo assim, a partir da forma e como o conteúdo aqui serão expostos, desejamos  que fique mais fácil compreender as funções e usos do palavra QUE. 

O início de tudo

Para começar, destaco as fontes mais remotas a fornecer as origens da palavra QUE. São duas fontes principais.

         Em primeiro lugar está a Língua Grega, e ela se faz presente nas orações subordinativas: (causal: διότι = porque), (final: ἴνα = para que), (consecutiva: ώς = de modo que), (concessivas: καίπερ = ainda que). 

          Em segundo lugar, está a Língua Latina, da qual é possível destacar as seguintes origens para a palavra QUE atual:

 

a) pronome relativo: qui, quae, quod: (que, quem, o qual – e variáveis);

b) pronome interrogativo indefinido: quis, qua, (Que? Qual?) 

c) pronome neutro interrogativo quid: (Que? Que coisa? Aquilo que);

d) conjunção causal: quai (porque);

e) advérbio: quianam, (por quê?);

f) conjunção e advérbio: quinam (por que não?);

g) pronome interrogativo: quin (Que? Qual? Quem?) etc. 

 

 Para entender o funcionamento e usos da palavra QUE, nos dias atuais

 

De acordo com o exposto acima, é possível compreender os motivos dessa palavra, nos dias atuais, aparecer com diferentes classificações morfológicas e posições sintáticas. Desde já, vale à pena acrescentar que o presente estudo tem como fonte teórica os seguintes autores: Bechara (2001), Celso Cunha (2008), Neves (2011), Rocha Lima (2008), Cavaliere, (2009) et alli.  Todos irão contribuir para mostrar a existência ou constatação das 36 funções e usos da palavra que.

 

          A partir desses autores, foram extraídas diferentes informações, para que fosse possível construir esse texto. A fonte da pesquisa a fornecer o corpus é o livro Retratos da infância, de Wandercy de Carvalho. Acredito ser a exposição muito útil, não só à docência e discência, como também a pesquisadores, e, especialmente, a quem estuda para fazer concursos.  O material exposto aqui poderá ser usado. Porém, é necessário que a fonte seja citada.

 

   I
  O “QUE” COMO CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA INTEGRANTE, ORAÇÕES SUBSTANTIVAS

 

 

          A contribuição da palavra QUE como conjunção integrante ocorre quando ela inicia as orações subordinadas substantivas.  Essas orações “são encaixadas ou integradas em outra oração, considerada matriz ou principal, equivalem a um sintagma nominal”. (Neves, 2011). 

 

As orações subordinadas substantivas exercem, em relação à oração principal, funções sintáticas de substantivos, isto é: sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal e aposto. Nas próximas ocorrências serão destacadas 5 funções e usos da palavra  QUE, na condição de conjunção integrante, cuja única função é introduzir as orações substantivas. 

 

 

1) A oração subordinada substantiva subjetiva

 

 É simples e fácil reconhecer uma oração subordinada substantiva subjetiva.  O verbo deve estar sempre na terceira pessoa do singular, e para identificar a oração subordinada existe uma alternativa funcional, basta trocar a oração subordinada pelo pronome demonstrativo ISSO. A seguir destaco exemplos extraídos do livro Retratos da infância.

 

a) “É necessário que Pégasus levante a cabeça”. (É necessário isso).

b) “É certo que ele será sempre lembrando. (É certo isso).

c) “É difícil que ele tome uma atitude por si(É difícil isso).

 

 

2) Oração subordinada substantiva objetiva direta

 

 Nesse caso, para reconhecer uma oração subordinada substantiva objetiva direta, o verbo deve ser transitivo direto, a palavra QUE estará sempre após o primeiro verbo. Ocorre a conjunção integrante QUE + oração com verbo no modo indicativo. Cito exemplos tirado do livro Retratos da infância. 

 

a) “Eles não impediam que inventassem fantasias”.  (Não impediam isso)

b) “Ele já percebeu que a natureza coloca o mal nas coisas belas”. (Ele já percebeu isso)

c) “Ela impede que o animal veja qualquer coisa”. (Ela impede isso).

 

 

3) Funções e usos da palavra que na subordinada substantiva objetiva indireta

 

 Dando continuidade ao estudo da palavra que, a oração subordinada substantiva objetiva indireta é aquela que funciona como objeto indireto da oração principal.  Ela é construída com verbos transitivos indiretos. (Sempre com preposição). Destaco a seguir exemplos extraídos do livro Retratos da infância.  

 

 

a) “O universo lembrou-se de que havia prenúncio de morte”. ( O universo lembrou-se disso)

b) “Eles se convenceram de que estavam no meio de um furação”. (Eles se convenceram disso)

c) “Não há quem se oponha a que tenhamos amigos”.  (Não há quem se oponha a isso)

 

 

4) Com a oração subordinada substantiva completiva nominal

 

 

 A oração subordinada substantiva completiva nominal é aquela que funciona como complemento de um substantivo ou de um adjetivo da oração principal.  O nome que pede um complemento é sempre um substantivo abstrato. O nome é sempre seguido de uma preposição. Os exemplos foram extraídos do livro Retratos da infância. Livro esse que motivou estudar as funções e usos da palavra que.

  

a) “O menino tinha certeza de que não escaparia”.  (O menino tinha certeza disso).

b) “Ele teve medo de que o matassem”.  (Ele teve medo disso)

c) “O menino tem esperança de que seja algo bom”. (O menino tem esperança disso).

 

 
5) A oração subordinada substantiva predicativa

 

 

Ainda continuando com o estudo sobre as  funções e usos da palavra que, oração subordinada substantiva predicativa é aquela que funciona como predicativo da oração principal, nela aparece verbo de ligação, geralmente o verbo ser. A subordinada pode ser substituída pelos pronomes demonstrativos ESSE, ou isso. Exemplos no livro RETRATOS DA INFÂNCIA.

 

a) “Meu desejo era que ele vivesse para sempre”.  (Meu desejo era esse).

b) “O melhor seria que ele morresse também”.  (O melhor seria isso).

c) “O fato é que o retorno seria mais fácil”.  (O fato é esse).

 

Lembrete:
para o uso do pronome demonstrativo isso. (Leia de baixo para cima e tenha uma “luz” ao descobrir, porque se usa o pronome isso).

 

MAIS INFORMAÇÕES NO LIVRO PUBLICADO

 

  II

FUNÇÕES E USOS DA PALAVRA QUE COMO PRONOME RELATIVO, AS ORAÇÕES ADJETIVAS

 

          Os pronomes relativos são palavras anafóricas. Isto é: são palavras usadas para retomar um termo já mencionado, e, assim, dar continuidade à progressão textual. Desse modo, os antecedentes dos pronomes relativos são os substantivos, os pronomes, os adjetivos e advérbios, os quais contribuem para dar progressão ao texto. 

 

No capítulo anterior, a palavras QUE ocorre nas o, o QUE é sempre pronome relativo. Veja o quadro 1 mais abaixo, em III. 

 

A seguir, exponho 9 Funções e usos da palavra QUE como pronome relativo. De acordo com o quadro 1, o pronome relativo exerce função sintática.

 

 

As Funções sintáticas do pronome relativo QUE, nas orações adjetivas.                      

                          

As orações subordinadas adjetivas vêm, na maioria das vezes, introduzidas por pronomes relativos. No que diz respeito à sintaxe, elas exercem função de adjunto adnominal. De acordo com Celso Cunha, nas orações adjetivas, os pronomes relativos desempenham sempre uma função sintática. (Cf. Celso Cunho, 2008). 

 

O relativo QUE pode ser substituídos por: o qual, os quais e seus derivados. Porém, nunca poderá ser substituído pelos pronomes demonstrativos ISSO, ESSE, ESSA, como ocorre com as orações subordinadas substantivas.  Assim, o relativo QUE, nas orações adjetivas, pode ser:

 

1) Sujeito         

O pronome relativo QUE é anafórico, isto é, retoma elementos antecedentes. No entanto, convém observar algumas particularidades. Na condição de sujeito da oração, não ocorre alteração sintática entre o antecedente e o pronome relativo. O mesmo fato se repete também com o predicativo do sujeito. No entanto, nas outras funções sintáticas, ocorrem alterações. Por isso, convém ficar atento a esse fato, já que até em gramáticas, é possível encontrar equívocos de informação, quando se fala das funções e usos da palavra que. Exemplos retirados do livro Retratos da infância.

 

 

a) “Esse elegante cavalo que pertencia a seu avô não conseguia desapaixonar-se”.

a.1) Esse elegante cavalo não conseguia desapaixonar-se. (oração principal)

a.2) Que pertencia a seu avô > funciona como adjunto adnominal.

a.3) Que pertencia a seu avô.  (oração adjetiva)

a.4) Esse elegante cavalo pertencia a seu avô.

a.5) Nos 2 casos, a função sintática de ‘Esse elegante cavalo’ é de sujeito da oração.

a.6) que = o qual. (em hipótese alguma esse que poderá ser substitui pelo pronome isso).

b) “Deus misericordioso que de tudo é capaz, vem me salvar do perigo”.

c) “O cadáver que repousava no colo de Apolo não tem direito à vida”?

 

2) Objeto direto

          

Na condição de objeto direto, a função sintática do pronome relativo nada tem a ver com a função sintática de seu antecedente. Quando ocorrer a troca do pronome relativo pelo antecedente, é necessário fazer nova análise sintática para descobrir a nova função sintática do pronome relativo QUE. Citações do livro RETRATOS DA INFÂNCIA, de Wandercy de Carvalho.

 

a) “Essa aventura que os meninos vivenciavam será lembrada futuramente”. 

a.1) Essa aventura será lembrada futuramente. 

a.2) Que os meninos vivenciavam > é adjunto adnominal de aventura. 

a.3) Os meninos vivenciavam essa aventura.

a.4) Em (a.1), ‘Essa aventura’ é sujeito; em (a.3), é objeto direto.

b) “O atleta que os meninos mais observavam era Apolo”. 

 

 

3) Objeto indireto

 

          
Primeiramente, veja os seguintes verbos: gostar de, precisar de, agradecer a, necessitar de, etc. Eles são muito frequentes na Língua Portuguesa. Observando-os com atenção, constata-se que esses verbos pedem um complemento. E é esse complemento o que chamam de objeto indireto, o qual se liga ao verbo por meio de uma preposição. E ela pode causar frequentes equívocos, principalmente, no momento de analisar as funções e usos da palavra que. A partir do l
ivro RETRATOS DA INFÂNCIA, destaco os exemplos.

 

a) “Eles encontraram uma saída de que tanto precisavam”.

a.1) Eles encontraram uma saída.  

a.2) de que tanto precisavam > funciona como adjunto adnominal de saída.

a.3) da saída eles tanto precisavam. (Eles precisavam da saída).

a.4) Em (a.1), uma saída é objeto direto; em (a.3), da saída é objeto indireto.

b) “Ele teve uma ideia a que lhe pareceu brilhante”.

 

4) Complemento nominal

 

          
Parecido ao caso dos verbos destacados acima, palavras tais como: necessidade de, sensível a, capaz de, confiança em, medo de, referência a, esperança de, perito em, favoravelmente a etc. São substantivos abstratos, adjetivos e advérbio que, semelhante a alguns verbos, exigem complemento para terem sentido completo. 

 

É esse complemento do nome que se convencionou chamar de complemento nominal. Todo complemento nominal é um termo  preposicionado. A partir desse fato se destacam mais funções e usos da palavra QUE. Exemplos do livro Retratos da infância.  

 

a) “O menino contemplou o vulto de que agora tinha medo”.

a.1) O menino contemplou o vulto.

a.2) De que agora tinha medo > está funcionando como adjunto adnominal de vulto.

a.3) O menino tinha medo do vulto

a.4) Em (a.1), o vulto, é objeto direto; em (a.3), é complemento nominal.

b) “Os parentes são pessoas em que as crianças devem ter confiança”.

 

 

5) Adjunto adnominal

 

          
O adjunto adnominal é o termo da oração que sempre está relacionado ao substantivo, o qual atua como núcleo da oração. 

 

Geralmente, ele é expresso por: um artigo, (o samba), um numeral, (quarenta graus), um pronome adjetivo, (alguns colegas), adjetivo, (antigo casarão), uma oração com função adjetiva, chamada de oração adjetivaExemplos idem.    

 

a) “Ele lamentava a dor que não se cura”.

a.1) Que não se cura é adjunto adnominal de dor. (dor incurável).

b) “Elas marcavam o terreno que não se fertilizava”. (Terreno infértil).

 

 

6) Predicativo do sujeito

 

          
O pronome relativo que, na oração adjetiva, também funciona como predicativo do sujeito.  Na oração, fica à direita do verbo de ligação. (Ser, estar, permanecer etc.). 
Exemplos no livro RETRATOS DA INFÂNCIA

 

a) “As folhas, que são venenosas, ficaram onde estavam”.

a.1) As folhas ficaram onde estavam. As folhas são venenosas.

a.2) “Venenosas” é o predicativo de folhas.

OBS: A locução “As folhas”, nas ocorrências, é o sujeito da oração.

b) “Os animais, que são irracionais, criavam situações humanas”.

 

 

7) Adjunto adverbial    

 

          
De acordo com Mesquita (1996), o adjunto adverbial é representado por um advérbio, uma locução ou expressão adverbial, uma oração com valor de advérbio (chamada de oração subordinada adverbial).  

 

O adjunto adverbial representa uma ideia acessória à mensagem, enquanto o objeto indireto e o adjunto adnominal são termos integrantes da oração, portanto, indispensáveis.  Exemplo no livro RETRATOS DA INFÂNCIA

 

a) “As estradas em que nossos heróis se deslocavam eram perigosas”.

a.1) As estradas eram perigosas.

a.2) Em que nossos heróis se deslocavam > está funcionando como adjunto adnominal.

a.3) Nossos heróis se deslocam nas estradas. (adjunto adverbial de lugar)

b) “As condições em que o touro se expressava era de matador”.

b.1) O touro se expressava nas condições de matador. (Adjunto Adverbial de modo).

OBS: Orações adjetivas restritivas e explicativas

                                           
Conforme destaca Rocha Lima, (2008), as orações adjetivas ainda podem ser subclassificadas em: restritivas e explicativa.

        A oração subordinada adjetiva RESTRITIVA tem por ofício delimitar o antecedente, com o qual forma um todo significativo. Em razão disso, não pode ser suprimida, para que a oração principal não fique prejudicada em sua compreensão. Exemplo proposto por Rocha Lima:

a) Os pecadores / que se arrependem, / alcançam o perdão de Deus.

          Não se quer dizer aí que ‘todos e quaisquer pecadores alcançam o perdão de Deus’; a afirmação se restringe aos pecadores arrependidos (que se arrependem).  Portanto, essa oração adjetiva se faz necessária, juntamente com o seu antecedente, para a justa expressão do nosso pensamento.

8) Exemplo de oração explicativa no livro RETRATOS DA INFÂNCIA

a) “As rosas que são venenosas ficaram onde estavam”.

       Quais rosas ficaram? É preciso dizer quais foram.

b) “O vento forte que apareceu de repente fez tudo se mover”.

       
Qual vento fez tudo se mover? É preciso dizer qual foi o vento.

 

A oração adjetiva EXPLICATIVA é o termo adicional, que atribui simples esclarecimento ou pormenor ao antecedente – não indispensável para a compreensão do conjunto.  Veja o exemplo exposto por Rocha Lima:

a) ‘Vozes d’África’, / que é um poemeto épico,/ representa um alto momento da poesia brasileira.

        A oração que é um poemeto épico dá-nos uma informação suplementar acerca do antecedente, não apresentando nenhuma interferência no entendimento da oração principal, que é capaz de subsistir sozinha. É uma espécie de aposto que especifica o sujeito.  

9) Os exemplo seguintes foram extraídos do livro RETRATOS DA INFÂNCIA.

a) “A mula, que Pégasus amava, não tem amor a nada”.

b) “Pégasus, que estava faminto de amores, fica meio jururu”.

 

Tanto no exemplo (a), quanto no (b), existe um aposto, uma informação a mais sobre a informação dada.  

 

                 III

        Funções e usos da palavra QUE, em um quadro nunca desenvolvido antes. 

 

Aqui exponho as marcantes distinções entre a conjunção integrante e o pronome relativo, para que fique mais fácil entender a distinção das funções e usos da palavra que, nos dias atuais.  

       Diferenças entre a conjunção integrante e o pronome relativo.

 

NAS ORAÇÕES SUBSTANTIVAS

NAS ORAÇÕES ADJETIVAS

 

1) QUE – É Conjunção Integrante

 

 

 

   veja no livro publicado

             

 

Veja no livro publicado

             

       .

 

Quadro 1 – distinção entre QUE conjunção integrante e QUE pronome relativo. 


        O quadro acima, embora nunca tenha sido elaborado antes, ele é muito útil, não só para estudantes, mas também, para professores. 

 

Porque ele deixa clara a distinção entre a palavra QUE, quando ela funciona como conjunção integrante ou como pronome relativo. Acredito que agora você não terá mais dúvidas, quando for usar essa palavra, tanto no que diz respeito à nomeação, quanto a sua analisá-la.

 

    IV

AS FUNÇÕES E USOS DA PALAVRA QUE COMO CONJUNÇÃO COORDENATIVA

 

Aqui apresento 4 Funções e usos da palavra QUE, na condição de conjunção coordenativa.

 

1) Aditiva 

 

          A palavra QUE, na função de conjunção coordenativa aditiva, ocorre entre duas formas verbais equivalentes, fato esse que permite trocá-la pelo conector E. No que diz respeito à função sintática, nenhuma conjunção exerce função sintática. Citações idem.

 

a) “Ele gritava que gritava que regritava impondo forças para se libertar”.

b) “Diga-me quem você ama que direi quem você é”.  

 

2) Explicativa    

 

 O vocábulo QUE, na função de conjunção coordenativa explicativa, exprime um motivo, uma razão, uma explicação. Principais conjunções: que, porque, porquanto, pois (antes de verbo). As orações explicativas são independentes entre si. As citações têm a mesma fonte anterior.      

 

a) “Não pegue essas folhas, que são venenosas”.

a.1) (Não pegue essas folhas), (Essas folhas são venenosas). 

 

As orações explicativas são independentes, porém fáceis de serem confundidas com as orações subordinadas causais. Mas essas, como o nome revela, não são independentes.

 

3) Adversativa      

 

O QUE, na função de conjunção coordenativa adversativa, dá ideia de oposição, de contraste. E pode ser substituída por: porém, contudo, todavia, no entanto.  Os exemplos foram extraídos do livro Retratos da infância

 

a) “Outras folhas, que não essa aí, farão bem a você”.

b) “Apolo poderia chorar bem alto, que não mudaria seu destino”.

 

4) Alternativa ou disjuntiva   

 

          Quando o QUE  ocorre na função de conjunção coordenativa alternativa, liga orações ou palavras que expressam relações de alternância de escolha.  E pode variar de valor semântico de incompatibilidade dos termos ligados ou por equivalência. Fonte idem.  

 

a) “Que a cobra fosse venenosa, que não fosse eles ajudariam o menino”.

b) “A pipa seria dele, que o antigo dono gostasse que não”.

 

V

EXISTEM OCORRÊNCIAS E USOS DO QUE COMO COMPLEMENTO RELATIVO?

 

De acordo Rocha Lima (2008), os complementos verbais são: Objeto direto, Complemento relativo, Complemento circunstancial, Objeto indireto.  Assim, quando se fala de Complemento relativo, estamos no campo da sintaxe. 

 

Nessa área do conhecimento, tanto o Objeto indireto, quanto o Complemento relativo são introduzidos por preposição, por isso é muito comum ocorrer dúvida quando se trata de identificar os dois casos.  No entanto, entre ambos, existem claras distinções.

 

a) O objeto indireto pode ser substituído pelos pronomes lhe/lhes.

    Objeto indireto é introduzido pela preposição A, (raramente PARA).

    No objeto indireto estão os seres animados.

    O objeto indireto expressa o ser beneficiário ou destinatário.

 

b) O Complemento relativo não pode ser substituído pelos pronomes átonos lhe/lhes

    mas sim pelas formas tônica ele, ela, eles, elas.

    (Exemplo: O menino precisa de conselhos > O menino precisa deles).

    O complemento relativo pode ser introduzido por qualquer preposição.

    O Complemento relativo ocorre em coisas inanimadas.

    No complemento relativo é possível transformar a oração subordinada substantiva em objetiva indireta, 

    cujo QUE, contido nessa oração, é conjunção integrante.

    (Exemplo: Gosto de teu canto > Gosto de que tu cantes).

    (Exemplo: Pedi dinheiro a ele > objeto. indireto).

 

1) A partir do livro Retrato da infância, destaco exemplo de funções e usos da palavra QUE, como Complemento relativo.

 

a) “O pequeno índio lembrou-se de um segredo”.

      O pequeno índio lembrou-se de que tinha um segredo. (Lembrou-se disso).

b) “Todos gostam de histórias de amor”.

      Todos gostam de que elas sejam narradas.

c) “Ele precisava de orientação”. 

    (Ele precisava de que fosse orientado).

    
VI

QUAIS SÃO AS FUNÇÕES E USOS DA PALAVRA QUE NA MORFOLOGIA?

 

De acordo com a fonte destacada no início desta argumentação, sobre a palavra QUE. Ali é possível perceber, ser essa palavra, portadora de muitas funções e usos. Isso ocorre, principalmente, pelo fato dela, ao longo do tempo, ter incorporado diferentes valores semânticos; muitos dos quais, advindo da língua latina. A seguir destaco 8 ocorrências que estão no campo da morfologia.

1) QUE usado como substantivo

Quando a palavra QUE exerce a função de substantivo, ela vem antecedida de artigo, numeral ou pronome adjetivo e deve ser acentuada, porque se torna um monossílabo tônico e os monossílabos tônicos terminados em –a, –as; –e, –es; –o, –os devem ser acentuados. 

A função sintática da palavra que, como substantivo, é igual às funções sintáticas do substantivo. Fonte: Retratos da infância 

a) “Viram um quê de maldade provocado pelo vento”.

b) “Havia um quê de mistério na mula”.

 

2) Como pronome interrogativo adjetivo  

 

Na função de pronome interrogativo adjetivo, o QUE ocorre em orações interrogativas diretas. Acompanha substantivo equivalente a “que espécie de”. Refere-se a pessoas e a coisas. A Função sintática é sempre de adjunto adnominal. Fonte idem.

 

 

a) “Que destino ele tomará”?

b) “Que futuro ele via nela”?

 

3) Na condição de pronome interrogativo substantivo

 

 

O “que” é usado em orações interrogativas diretas. E ele é pronome interrogativo substantivo quando equivale a “que coisa”. É pronome substantivo, porque assume o lugar de um substantivo.  Não exige a presença de um substantivo para com ele concordar. Tem a mesma função sintática do substantivo. Citação do livro anterior.

 

 

a) “Que fariam com o jovem corpo”?

b) “Que diremos ao chegar em casa”?

c) “Que pretendes fazer aqui”?

 

4) Quando é pronome indefinito   

 

 A palavra QUE, na função de pronome indefinido, é seguida de substantivo e equivale a “quanto/s”, “quanta/s”. Refere-se a coisas. O sujeito gramatical está na 3ª pessoa do discurso dando-lhe um sentido vago. E ainda, acompanha ponto de exclamação (!).  Tem a Função sintática de adjunto adnominal.  Os exemplos foram extraídos do livro RETRATOS DA INFÂNCIA

 

a) “Que alegria o encontro promoverá”!

b) “Que prazer a festividade promove”!

c) “Que sabor o suíno tem”!

 

 

5) QUE usado como advérbio de intensidade     

 

O QUE, na função de advérbio de intensidade, ocorre quando vem antes de adjetivos e o intensifica. Equivale a “quão”. Sua Função sintática é de adjunto adverbial de intensidade. Exemplos do livro Retratos da infância.

 

a) “Que longas noites o avô do menino já passou”!

b) “Que belo gesto demonstrava agindo assim”!

c) “Que admirável era a união daqueles dois”!

 

 

6) Quando é preposição  

 

O vocábulo QUE é preposição quando ele pode ser substituída pela preposição DE. Fica sempre entre dois verbos e ocorrem como auxiliares dos verbos ter e haver.  As preposições não apresentam função sintática.  Exemplos idem.

 

 

a) “Os dois tiveram que enfrentar lutas homéricas” (ou tiveram de enfrentar).

b) “O cavalo não gostou da ideia de ter que puxar o menino”.  ( ter de puxar).

 

 

7) Na função de interjeição   

 

 

 Interjeição é a expressão com a qual traduzimos os nossos estados emotivos.   Possuem existência autônoma e, em geral, constituem por si verdadeiras e completas frases. O QUE ocorre como interjeição, a qual qualifica o adjetivo.  Nesse uso, torna-se tônico, por isso é sempre acentuado. As interjeições não possuem função sintática.  Fonte idem.

 

a) “Quê assado gostoso”!

b) “Quê maravilhosas costelas”!

c) “Quê futuro promissor”!

 

 
8) Como partícula de realce ou expletiva  

 

Ocorre a partícula de realce QUE ou É QUE, para dar ênfase ou realce à estrutura da oração.  Pode ser retirada sem prejuízo sintático ou
semântico. Essa denominação também pode variar para que pleonástico, (= que redundante). As partículas expletivas não apresentam f
unção sintática.  Exemplos do livro RETRATOS DA INFÂNCIA.

 

a) “Você é que pensa que a doação não traz esperanças”.

a.1) Você pensar que a doação não traz esperanças.

b) “O ideal é que o afeto que vinha progredindo nele não ficasse nisso”.

b.1) O afeto que vinha progredindo nele não ficaria nisso.

 

 

   VII

  FUNÇÕES E USOS DO QUE NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS. 

 

 

 De acordo com o quadro 1, exposto em III, onde ficou dito ser o pronome relativo QUE uma palavra capaz de se combinar com as preposições a, com, de, em, por, dentre outras.  Agora aqui serão expostos alguns dados como, e por que isso acontece. Essas preposições, como se sabe, mesmo quando funcionam de forma independentes, apresentam significados distintos. (Venho de São Paulo > origem; Panela de barro > material). 

 

Talvez em razão disso, logo que as preposições se unem com o pronome relativo QUE, adquirem outros valores semânticos. Esse fato já motivou muitos estudos e certamente outros ainda virão, porque, de acordo com Carvalho, (2014, p. 38), é possível perceber:

 

“A trajetória dos processos de mudança morfológica e sintática é semelhante à de todas as palavras das línguas naturais, ou seja, fatores de ordem social são os que mais podem contribuir para o processo de mudança linguística, uma vez que o indivíduo interfere não só no modo de falar, como na forma de escrever a sua língua. Isso ocorre de várias maneiras, dentre elas está o artifício da palavra associar-se a outra, constituindo uma formação híbrida. Com isso, a nova palavra formada torna-se capaz de permanecer na língua por muito mais tempo, mesmo que, venha a perder alguns significados e adquira outros”.   CARVALHO, (2014, p. 38) Percurso histórico da palavra COMO: de advérbio à preposição.

 

           O desaparecimento das conjunções 

 

        Conforme está exposta no início desse trabalho, as conjunções subordinativas advindas do latim praticamente desapareceram. Em razão disso, a língua foi buscar, nos advérbios, nas preposições, nos substantivos e pronomes, outros elementos para preencher o vazio deixado pelas conjunções latinas. A partir daí, surgiram construções tais como: assim que, antes que, no momento em que etc. 

 

A partir das pressuposições funcionalistas, o relativo QUE perde o seu caráter de pronome, e, por analogia, passa a fazer combinações para a construção de variadas conjunções. Com esse fato surgem novas funções e usos da palavra que. 

 

        De acordo com o que vem sendo exposto aqui, no livro RETRATOS DA INFÂNCIA, destaco algumas combinações que resultaram em diferentes conjunções.

 

        As orações subordinadas adverbiais são subdivididas em nove tipos. Cada um deles expressa valores semânticos circunstanciais, ou seja, de acordo com a “ideia” da conjunção subordinativa.  A própria sugestão semântica da conjunção subordinativa ou locução conjuntiva nomeia os tipos de orações.  São 9 usos da palavra QUE como conjunção adverbial. Inicio com as temporais.

 

1) Construções com as conjunções temporais.

 

        Muitos advérbios tais como logo, assim, antes, depois, instante, dentre outros se combinaram com o pronome relativo QUE e formaram as conjunções subordinativas com valor semântico de tempo.  

 

De acordo com Rocha Lima (2008), destaco: “É papel da oração temporal trazer à cena um acontecimento ocorrido antes de outro, depois de outro, ou ao mesmo tempo que outro”, para destacar outros funcionamentos e usos do vocábulo que.  Todas as citações seguintes foram extraídas do livro RETRATOS DA INFÂNCIA

 

a) “Assim que os irmãos se detiveram, sentiram desejo de jogar”.

b) “Depois que Zéfiro partiu, Apolo continuou morrendo de amores”.

c) “Cada vez que ele batia as asas, o gado foi se acalmando”.      

 

2) Construções com as conjunções causais

 

        Segundo Neves, (2011), destaco: “Algumas conjunções causais são compostas, isto é, constituem o que tradicionalmente se denomina locuções conjuntivas, que têm, normalmente, o elemento QUE como final, e nelas estão: a) um elemento temporal ou um particípio passado, como em: porque, já que, uma vez que, desde que, dado que, visto que; b) um elemento de intensificação, como em: tanto mais que; c) uma preposição seguida de um pronome, como em: por isso que”.  

 

As ocorrências de causa parecem com as de explicação. Esta, no entanto, forma orações independentes, aquelas, dependentes. Ocorre QUE (= porque).

 

Exemplos extraídos do livro RETRATOS DA INFÂNCIA.

 

a) “Zéfiro não ouvia Apolo porque o rival saíra veloz dali”.

b) “É bom prestar atenção que esse jogo é muito perigoso”.

c) “Zéfiro castigou Jacinto que não quis amá-lo”.

 

 

3) Construções com as conjunções condicionais

 

        Ainda de acordo com Neves (2011).  Algumas conjunções condicionais são compostas, isto é, constituem o que tradicionalmente se denomina locuções conjuntivas, as quais, normalmente, têm o elemento QUE no final.  Exemplos: contanto que, desde quea menos que, a não ser que

 

a) “Melhor seria desistir da vingança, a não ser que desejasse um castigo”.

b) “Ele queria destruir tudo, a menos que encontrasse um novo amor”.

 

 

4) Ocorrências com as conjunções concessivas

 

        A construção concessiva, expressa por um período composto, é constituída pelo conjunto de uma oração nuclear, ou principal que indica uma contradição.  A ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativas. 

 

As construções concessivas correspondem a enunciados nas formas: EMBORA + oração concessiva + oração principal. Ou Oração principal, + EMBORA + oração concessiva. (Cf. Neves, 2011). São conjunções concessivas: ainda que, posto que, se bem que, mesmo que, por mais que, etc.  As conjunções consecutivas marcam as ocorrências e aplicações do vocábulo que.

 

       

a) “A boiada, mesmo que corresse descontrolada, pressentia o grandioso perigo”.

b) “Por mais que criassem fantasias sobre os dois, a vida continuava bela”.

c) “Ainda que a realidade fosse de aflição, o menino se lembrou dos conselhos do avô”.

 

5) As conjunções finais  

 

        A palavra QUE funciona como conjunção subordinativa final, introduz oração subordinada adverbial com ideia de fim. Também pode ocorrer construções como: para que, a fim de que, que.

 

a) “O menino fez sinal que o toura desistisse de atacar”.

b) “Apolo gritou o nome do vento que viesse matá-lo também”.

c) “Ele foi designado para que pudesse servir de alimento”.

 

 

6) E as conjunções comparativas

 

        Um traço essencial da construção comparativa é a existência de um elemento comum aos dois membros comparados. Na realidade, numa formulação bem simples, pode-se dizer que, nas construções comparativas, dois membros são comparados a respeito de algo que, em comum, possuem. QUE funciona como conjunção subordinativa comparativa.       

 

a) “As crianças são mais sábias que os adultos”.

b) “O cavalo será mais eficiente do que um carro de luxo”.

c) “Eles reunidos têm muito mais força do que o forte cavalo”.

 

7) Com as conjunções consecutivas  

 

        De acordo com Bechara, (2001), “A unidade consecutiva é que, que se prende a uma expressão de natureza intensiva como tal, tanto, tão, tamanho, posta na oração principal”.  O QUE como conjunção subordinativa consecutiva normalmente aparece nas expressões do tipo: tãoque, tanto, que, mais que etc. Esse fato vai propiciar outras ocorrências e usos da palavra que.

 

a) “O porquinho gritava tanto, que chamava a atenção dos cães”.

b) “Tão forte foi o grito, que todo o universo o ouviu”.

 

 

8) As conjunções proporcionais 

 

        A palavra QUE na condição de conjunção subordinada proporcional inicia uma oração subordinada que indica uma relação de proporcionalidade.  A palavra em questão associa-se com outras e formam conjunções compostas tais como: ao passo que, à medida que, à proporção que. Essas ocorrências vão contribuir para expor outros funcionamentos e usos da palavra que. 

 

a) “À medida que ele se expõe, facilitada é a sua identificação”.

b) “À proporção que o barulho se aproximava deles, perceberam o apuro”.

 

 

9) Com as conjunções modais    

 

        A noção semântica modal ocorre quando inicia oração que exprime o modo que executou o fato expresso na oração principal. A semântica de modo, no período composto, é formada a partir da combinação da preposição SEM, com a palavra QUE = sem que.    

 

        Exemplos extraídos do livro RETRATOS DA INFÂNCIA

 

 “Muitas vacas começaram a chifrá-lo sem que ele pudesse evitar”.

“O objeto lançado por Apolo mudou de direção sem que este desejasse”.

 

 POR FAVOR, CITE A FONTE:

CARVALHO, Wandercy de. 36 Funções e usos da palavra QUE. Disponível em: www.wandercydecarvalho.com.br.     

 

REFERÊNCIAS PARA AS FUNÇÕES E USOS DA PALAVRA QUE

 

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001.

BÖLTING, Rudolf. Dicionário Grego-português. Rio de Janeiro: Instituto nacional do livro, 1941.

CARVALHO. Wandercy de. Retratos da infância. Campinas, SP: Pontes Editores, 2020.

CARVALHO, Wandercy de. Percurso histórico da palavra COMO: de advérbio à preposição.  Tese de
doutorado em Estudos Linguísticos.  Rio de Janeiro, UFF, 2014. Mimeógrafo.

CAVALIERE, Ricardo. Palavras denotativas e termos afins. Niterói, RJ:  Eduff, 2009.

CELSO CUNHA & LINDLEY CINTRA. Nova gramática do português contemporâneo.
5ª ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008.

FARIA, Ernesto. Gramática da língua latina. 2ª ed. Brasília: FAE, 1995.

FARIA, Ernesto.  Dicionário escolar Latino-Português. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura,
1961.

MESQUITA, Roberto Melo. Gramática da língua portuguesa. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 1996.

NEVES, Maria Helena de Moura.  Gramática de usos do português. 2ª ed. São Paulo: Editora Unesp, 2011.

RIBEIRO, Manoel Pinto. Gramática aplicada da língua portuguesa. 16ª ed. Rio de Janeiro: Metáfora, 2006.

ROCHA LIMA, Carlos Henrique da. Gramática normativa da língua portuguesa. 47ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.ocorrências   

Funções morfológicas e sintáticas do QUE, por Wandercy de Carvalho

Funções morfológicas e sintáticas do QUE, por Wandercy de Carvalho

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4 thoughts on “36 Funções e Usos da Palavra “QUE”

    • Author gravatar

      Ola! Concluir a leitura das Funções Morfológica e Sintática da palavra “QUE”. E, para mim foi muito proveitosa, pois só agora é que pude perceber o quanto ela é importante, e o quanto utilizam-se, nas produções textuais. Também fiquei bastante curiosa, para conhecer sua obra, “Retratos da Infância”, utilizada nesse trabalho, e que dá uma ênfase maior, a palavra “QUE”.

      • Author gravatar

        Bom dia Maria do Espírito Santo, tudo bem?

        Você tem sido uma ótima leitora do conteúdo do site.
        E cada vez mais, demonstram interesses em adquirir conhecimentos.
        Isso vai contribuir muito para que você se torne uma ótima profissional.

        Tudo de bom pra você
        Prof. Wandercy

    • Author gravatar

      Uauuu! mas que Quê, hein? Muitíssimo interessante essas ponderações a respeito do Que e suas muitas funções, ainda não consigo lembrar de todas, mas voltarei aqui sempre que for preciso. Obrigada professor Wandercy por disponibilizar uma obra tão valiosa para nosso crescimento intelectual.

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